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Saturninas

Há uns dias recebi um SMS de um amigo que me desejava "boas saturninas" . Bem, em algumas conversas havidas entre nós já me tinha apercebido que ele não tem crenças religiosas nem tampouco cristãs. Mas foi curioso desejar-me aquilo. Como estamos em época natalícia teria algo em comum. Na verdade  as  festas Saturninas , de fim de dezembro a princípio de janeiro, eram já celebradas pelos romanos.   É uma tradição milenar.  O Natal, a confraternização máxima do cristianismo, passou a ser comemorado a partir do ano 354 d.C. Deve-se esse evento à Igreja Romana. Porém, o hábito de trocar presentes já existia antes do nascimento de Jesus Cristo. Eram dados para celebrar as Saturninas, festas dedicadas a Saturno, deus da agricultura. Entre 19 e 25 de dezembro, os camponeses paralizavam os trabalhos. As casas eram enfeitadas, ceias com mesas fartas, vinho e presentes eram trocados. Essas tradições pagãs foram incorporadas às Festas da Natividade pela Igreja Católica. Agora percebo qu

Preliminares

Leio hoje com espanto uma crónica no JN do jornalista Daniel Deusdado que alude o já saudoso Nelson Mandela a um bombeiro no seu tempo. Esses, todos os anos são "madibas" no inferno que enfrentam todos os verões. Alude o respeitado jornalista também ao relatório preliminar subscrito por Xavier Viegas. Umas páginas atrás já se lia o comentário do Sr. Secretário de Estado em que dizia ser prematuro atribuir morte a negligência quando se refere às mortes ocorridas este ano. Oito só para lembrar. Diz o mesmo que, o que conhecemos até agora "é apenas um relatório preliminar". Estará o governo à espera de uma conclusão diferente no relatório final que deve estar pronto para o próximo verão? Estará a duvidar que mesmo sendo preliminar as conclusões apresentadas por Xavier Viegas são mais credíveis que qualquer outro relatório que venha a lume. Esse senhor, professor, investigador e muito mais, já deu mais a conhecer em matéria de incêndios florestais que qualquer outro tec

As Razão das Cruzes

Em vários pontos do país houve Corpo de Bombeiros que fundaram as suas Secções de Saúde denominando-as com uma cruz de determinada cor. Apareciam no terreno com a bandeira dessa cor, situação que lhes permitia socorrer com um sinal evidente de neutralidade, mesmo nas ocasiões de conflitos bélicos. Vejamos as diferentes cruzes: CRUZ BRANCA ACVSP de S. Pedro de Sintra CRUZ AMARELA AHBV e Cruz Amarela de Mirandela * AHBV de Coimbra AHBV do Cabo Ruivo (Cruz Amarela) * CRUZ AZUL C.B.S de Coimbra AHBV de Algés CRUZ BRANCA AHBV de Campo de Ourique - Cruz Branca * ABVSP e Cruz Branca de Vila Real * A. de Benef. - Serviço Voluntário de Incêndios de Cacilhas CRUZ ENCARNADA C.V. do Beato e Olivais (AH) CRUZ LILAZ AHBV de Vendas Novas CRUZ LUZA AHBV Faro CRUZ DE MALTA AHBV da Cruz de Malta * (Lisboa) AHBV da Cruz de Malta (Luanda) CRUZ DE OURO AHBV de Peso da Régua CRUZ PORTUGUESA AHB de Lisboa CRUZ PRETA AHB do Porto CRUZ ROXA AHB de Agualva-Cacém AHBV

À espera da ruptura

A polémica do transporte de doentes está na ordem do dia. A maior parte dos responsáveis pelas estruturas dos bombeiros continua a bater na tecla da falta de credenciais. A meu ver, o rigor na passagem de credenciais já deveria ter acontecido há muito. O que é preciso exigir é um valor digno por quilómetro em vez de se pedir que se "facilite credenciais". E esta falta de exigência está a manifestar-se de uma forma confortável e macia que vai levar ao colapso de algumas associações. Porque as reinvindicações a sério só vão existir quando estiverem com a corda na garganta. E aí não vai existir a coesão dos Corpos de Bombeiros e dos seus dirigentes. Como sempre... Aí vão surgir alternativas aos bombeiros, as empresas particulares e outras que vão concerteza florescer uma vez mais à custa do "conformismo" dos soldados da paz. Alturas há, em que os generais de tão grande exército se deveriam insurgir contra esta vergonha: sem desrespeito por ninguém, mas com firmeza e d

Direcção e Comando dos Bombeiros de Cuba não se entendem

O processo de escolha da nova estrutura de Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Cuba está a gerar polémica. O presidente da Direcção e o Comandante não se entendem. A Direcção não aceita as propostas de nomeação do comandante e o comandante não concorda que seja a Direcção a escolher a estrutura de Comando. Na sequência do diferendo o comandante já terá manifestado a sua indisponibilidade para continuar no cargo. João Português, presidente da Direcção dos Bombeiros, não se quer pronunciar sobre esta matéria. A Rádio Pax tentou em vão ouvir o Comandante Gregório Canilhas. Cerca de 19 bombeiros da corporação subscreveram um abaixo-assinado que foi enviado para a Câmara onde manifestam o seu apoio às escolhas do Comandante e expressam a sua discordância face à conduta da Direcção. Francisco Orelha, presidente da Câmara de Cuba, vai ouvir esta semana a Direcção e os Bombeiros que subscreveram o documento. O autarca assegura que não quer envolver-se em “questões internas” dos Bom

Falta de "intelligence" nos Bombeiros

É certo e sabido que o sucesso de uma nação passa pela eficácia dos seus serviços secretos. A todos os níveis. Lamentavelmente, os nossos espiões não andarão muito satisfeitos com as notícias que deambulam por toda a parte e inquetam já os corredores de S. Bento e decerto da PGR. Viver-se-á ainda o fantasma das polícias secretas de outrora que em nada ajuda ao desenvolvimento de um país "à beira mar tramado". Bem, a questão que aqui é referida e dá título ao tópico é a falta de "intelligence" nos bombeiros portugueses. Tal como as secretas deverão prever ameaças e a expulsão imediata de "personas non gratas" à nação, o serviço que tutela os bombeiros portugueses deveria ter também os seus serviços secretos. A terem existido, poderiam ter previsto a desconcertação do sector e a ameaça que muitas vezes vem do seu interior. Espiões que evitassem o assalto a lugares-chave nas estruturas (também próximas) dos bombeiros e que na troca de experiências com os seus

Directiva Operacional Nacional 2011

A Directiva que traça as linhas gerais da planificação para mais uma "época de fogos" está pronta. É a mais bem elaborada de sempre, o que antevê que alguém ainda está a fazer o seu trabalho bem feito. Aguardamos a sua passagem à prática com o mesmo rigor.  http://www.bombeiros.pt/DON_2_DECIF_2011.pdf